sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A foto oficial da presidenta Dilma Rousseff


A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República apresentou hoje a foto oficial da presidenta Dilma Rousseff. O material foi produzido no dia 9 de janeiro pelo fotógrafo oficial da Presidência da República, Roberto Stuckert Filho.

A sessão de fotos durou uma hora e meia e ocorreu no Palácio da Alvorada. A própria presidenta Dilma Rousseff fez a escolha final da foto que será afixada em prédios e salas da administração federal.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Hino do Partido Trabalhadores

Após o vídeo a letra do Hino.



Este é uma homenagem ao Partido dos Trabalhadores.

Contamos com sua colaboração divulgando-o para todos os filiados e simpatizantes e companheiros da esquerda.
É mais um simbolo do qual poderemos nos honrar, assim como, a Bandeira e o Manifesto.
Colabore. Participe!!
Viva o PT!

Hino do Partido dos Trabalhadores

NASCIDO NA LUTA HONROSA
COM A CORAGEM DO POVO INSURGIU
CONTRA OPRESSÃO BELICOSA
DE ARMAS EM PUNHO TÃO VIL

POR CIDADE, CAMPO E FLORESTA
DO SEIO DO SINDICADO SURGIU
EA SOCIEDADE FEZ FESTA
PARA ENFIM LIBERTAR O BRASIL

NO SION,
DO SONHO À REALIDADE.
A ESPERANÇA GANHOU ASAS PRA VOAR
PELO SOCIALISMO MANIFESTA A VONTADE
DE UM NOVO MUNDO CONQUISTAR

OH! BANDEIRA VERMELHA QUE BAILA

SOBRE CABEÇAS EM MEIO À MULTIDÃO
SANGUE MILITANTE NA BATALHA
DESAFIA O PODER DE ENXADA NA MÃO
LOUVOR AO HOMEM QUE LUTA E TRABALHA
COMPANHEIRO, CONTRA A EXPLORAÇÃO.


PT! PT! PT!
PARTIDO DOS TRABALHADORES!

TUA HISTORIA É A GLORIA DA MAIS RICA LIÇÃO
TORTURA NUNCA MAIS, JAMAIS ESCRAVIDÃO.
PELA HUMANIDADE... CUMPRIRAS TUA MISSÃO.

OH! ESTRELA BRANCA QUE PAIRA

GUIA MOSTRANDO O CAMINHO PARAA NAÇÃO;
CADA PONTA POR UM CANTO ESPRAIA
SOLI DARIO DEVER QUE PÕE FIM A EXCLU SÃO
ALVORADA NO CÉU PELA PAZ SEMPRE RAIA;
CONSTRUINDO A CIVILIZAÇÃO

PT! PT! PT!
PARTIDO DOS TRABALHADORES!

A DEMOCRACIA VIVE NO TEU CORAÇÃO
TENS A LIBERDADE COMO FLORES EM BOTÃO
PORQUE ÉS PRIMAVERA E FLORESCE DO TEU CHÃO


PT! PT! PT!
PARTIDO DOS TRABALHADORES!

PT! PT!
VIVA!

VEJA, QUE MENTIRA!

Relembre alguns casos de manipulação dos fatos feita por Veja

Os textos abaixo se encontram no sítio da NOVA E.

Veja aderiu à imprensa marrom
Alberto Dines

Veja é que não tem o direito de achincalhar seus quase 40 anos de história incorporando com tanto gosto a depravação que Diogo Mainardi espalha em seus escritos.Leia



Falácias da Revista Veja: análise da questão racial brasileira
Ana Paula Maravalho*

“O livro de Ali Kamel já nasce anacrônico e deficiente em seus argumentos. Pode-se ser contra as cotas por vários motivos. Negar a existência do racismo no Brasil, no entanto, beira o revisionismo”, escreve a conselheira gestora do Observatório Negro, Ana Paula Maravalho.Leia


Racistas controlam a revista Veja
Altamiro Borges

Mas as relações alienígenas da revista Veja não são recentes nem se dão apenas com os racistas da África do Sul. Até recentemente, ela sofria forte influência na sua linha editorial das corporações dos EUA. Leia

O jornalismo covarde de Veja e o silêncio profissional
Por Renato Rovai
Vi esse Mainardi, que mentiu na sua coluna,  encostado no fundo do plenário, por horas, falando baixinho e olhando pro chão. Parecia ter medo que alguém lhe fosse cobrar honestidade ou coisa do gênero.
Leia

A "última" da Veja
Dom Cappio merece o nosso respeito
Por Antonio Bicarato
Muito além da polêmica sobre o São Francisco, a revista Veja deveria ter a mesma dignidade de Dom Cappio.

Leia


Antonio Palocci desmoraliza a Veja
Luiz Weis

Leia

Veja deve explicações ao país
Alceu Nader
Leia

Veja financia PSDB
Marco Aurélio Weissheimer
Leia

Veja e PSDB: unha e carne

Leia

O jornalismo manipulador da Veja se volta contra escritores
Ademir Assunção
Leia

Veja e o racismo
Por Antonio Sampaio Dória
Leia

Um novo agosto com outros fortunatos
Por Frédi Vasconcelos
Leia

O silêncio tucano
Marco Aurélio Weissheimer
Leia

Campanha VEJA que mentira

Faça parte da Campanha VEJA que mentira!

Clicando no banner abaixo, você terá acesso a um Dossiê completo sobre as mentiras e omissões da Revista VEJA, um panfleto racista que circula no Brasil.




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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para matar a saudade: Discurso do Presidente Lula na cerimônia de entrega prêmio Carta Capital - 18/10/2010

Discurso do presidente Lula na cerimônia de entrega prêmio Carta Capital - parte 1

Abaixo dos vídeos a transcrição integral do discurso.



Discurso do presidente Lula na cerimônia de entrega prêmio Carta Capital - parte 2




Discurso do Presidente Lula - “As Empresas mais admiradas no Brasil"
Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de premiação “As Empresas mais admiradas do Brasil”, promovida pela revista Carta Capital

São Paulo-SP, 18 de outubro de 2010


Meus queridos companheiros ministros Guido Mantega, da Fazenda; Carlos Gabas, da Previdência Social; Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Orlando Silva, do Esporte,
Meu querido companheiro Roberto Requião, ex-governador do Paraná e futuro senador da República, e sua digníssima esposa,
Meu querido companheiro Eduardo Suplicy, senador da República,
Deputados federais: meu querido companheiro ex-ministro, ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo; André Vargas, do Paraná; Brizola Neto, do Rio de Janeiro; e Carlos Zarattini, de São Paulo,
Companheiro... Aliás, Brizola Neto, parabéns pelo teu blog,
Quero cumprimentar o companheiro Mino Carta, querido companheiro diretor da redação da revista Carta Capital,
Quero cumprimentar a companheira Manuela Carta,
Quero cumprimentar o companheiro Abilio Diniz,
Quero cumprimentar o companheiro Roberto Setúbal, por meio de quem cumprimento todos os empresários aqui presentes,
Quero cumprimentar os jornalistas aqui presentes,
Cumprimentar os nossos amigos e amigas aqui presentes,


Mino, primeiro, eu quero te dar os parabéns pelo exercício da democracia, coisa que eu não posso exercitá-la tão livremente como você exercitou hoje, da tribuna, porque quem está falando aqui não é o Lula, mas é a instituição Presidência da República, e eu preciso ser mais comedido do que Vossa Excelência no uso da palavra. Mas assinaria ipsis litteris o que você falou. E como faltam apenas 74 dias, 75, 72 – estou perdendo a conta – para que eu deixe a Presidência da República, Mino, eu vou dizer muitas coisas, depois que eu não for mais presidente, sobre liberdade, sobre democracia, e sobre o gostoso exercício de governar este país.

Eu estava ali sentado ao lado do Mino, ouvindo as palavras do Abilio Diniz. O Abilio Diniz, que em 1989 foi uma das figuras expoentes das eleições sem ser candidato, sem definir em quem ia votar, mas o Abilio tinha sido sequestrado em 1989, e ele foi liberado exatamente no dia ou na véspera do processo eleitoral, em 17 de novembro de 1989, momento em que tentavam vestir, no Abilio Diniz, ou convencê-lo de que era preciso colocar uma camisa do PT para dizer que era o PT que o tinha sequestrado. E hoje, depois desse episódio todo, eu tive uma relação de ódio com os sequestradores do Abilio Diniz – dez anos de ódio, Abilio –, e, já no final do governo passado, eu tive o privilégio de interceder junto ao governo passado, que não compensava o governo terminar com a morte dos sequestradores do Abilio Diniz, que estavam entrando num episódio de greve seca, ou seja, uma greve de fome sem beber sequer água, o que os levaria à morte fatal. Eu fui à cadeia conversar com eles e fui ao Palácio do Planalto conversar com o presidente, no dia 31 de dezembro, e fui conversar com o ministro da Justiça que não compensava. Era preciso que a gente pactuasse um jeito de não precisar morrer ninguém.

Hoje, te ouvindo fazer este discurso aqui, Abilio, eu, que estou no final de um mandato de oito anos, curtíssimo – longuíssimo para quem era oposição, mas curtíssimo para mim, que estava no mandato –, eu sou obrigado a dizer que vale a pena a gente acreditar no ser humano, vale a pena a gente acreditar nas pessoas, vale a pena a gente construir as possibilidades que a vida nos oferece. Eu acho que, possivelmente, aquele sequestro tenha servido de lições e de reflexões para você, tenha servido de acúmulo de ódio para mim.

Durante muito tempo eu achei que eu tinha perdido as eleições por conta daquilo. Depois eu passei a agradecer a Deus o fato de eu ter perdido as eleições e ter ficado 12 anos esperando para chegar à Presidência da República. Cheguei mais calejado, mais preparado, mais desaforado, mais ousado e vencedor de muitos dos preconceitos que se jogava contra mim. Eu lembro que nos momentos de crises profundas, em que alguém colocava dúvida sobre a economia brasileira, eis que tocava o telefone do Palácio do Planalto, era o companheiro Abilio Diniz dizendo: “Presidente, não se preocupe com as mentiras que estão sendo publicadas, porque nós estamos vendendo muito e o povo pobre está tendo acesso ao consumo de alimentos, coisa que não tinha antes”. Aquilo para mim, Abilio, era minha referência de que as coisas estavam acontecendo no nosso país.

Quero agradecer, aqui, o discurso do Roberto Setúbal. Não haveria nenhuma razão para eu estar agradecendo ao meu companheiro banqueiro, Roberto Setúbal, e ele, meu companheiro Roberto Setúbal, fazer um discurso de agradecimento e reconhecimento das coisas que o nosso governo fez. Eu acho que isso é um pouco da prática republicana deste país, de a gente aprender a superar as nossas divergências, estabelecendo uma relação democrática na diversidade, aprender a conviver com as divergências e aprender a construir um país que todos nós queremos que seja construído.

Eu, Mino, tinha um discurso bem feito, elaborado, de 38 páginas, mas eu tenho um problema com o avião, que se eu falar muito, eu não vou sair de Congonhas, tenho que ir até Cumbica para pegar, porque embora eu seja presidente, eu sou respeitador das regras, e eu não quero levantar voo depois das 11 horas, para não aparecer ninguém dizendo que eu estou desrespeitando uma regra que vale para todo mundo.

Mas, eu queria dizer para vocês que eu espero ser convidado depois que eu não for presidente da República, não sei a que título, porque ex-presidente da República é como vaso chinês. Quando você é presidente, você ganha um vaso chinês, você coloca na sua sala, ele ocupa um espaço imenso. Quando você deixa a Presidência, aquele vaso não vale para nada, e onde você vai colocar aquele vaso? No teu apartamento não tem lugar para colocar. E um ex-presidente é mais ou menos como um vaso chinês: não tem utilidade nenhuma. Causa um incômodo porque todo mundo quer saber o que vai fazer um ex-presidente, do que vai viver um ex-presidente, onde vai trabalhar um ex-presidente, de quantos conselhos ele vai participar, quantas palestras ele vai dar. Mas, realmente, não vale nada um ex-presidente. Ele valeria muito se ele ficasse quieto e deixasse o futuro presidente governar o país com tranquilidade, sem dar palpite.

Mas eu, ao terminar este mandato, Mino, e companheiros empresários, companheiros jornalistas e companheiros convidados, eu termino com a consciência tranquila, atendendo a alguns apelos da sociedade brasileira. Eu não sei, Mino, se você sabe – se você não sabe, vai ficar sabendo, para fazer uma matéria para o futuro –, você, que fez a primeira capa da IstoÉ comigo em 1978, portanto, há 20... ou melhor, 30 e poucos anos atrás – hein? Trinta e poucos anos atrás –, eu quero que você saiba que ao entregar a Presidência da República no dia 1º de janeiro, nós estaremos entregando a Presidência da República com a maior quantidade de universidades federais realizadas por um presidente da República, em toda a história republicana. Não apenas universidades federais, mas extensões universitárias, que serão 126 extensões universitárias por todo o território nacional.

Você receberá... o novo presidente receberá este país com o maior investimento em ciência e tecnologia já feito na história deste país, com R$ 41 bilhões investidos até o dia 31 de dezembro, fazendo com que o Brasil ultrapasse a Rússia e a Holanda na publicação de artigos científicos nas revistas especializadas, no mundo inteiro. Você irá... a pessoa... quem assumir a Presidência irá receber um país em que nós teremos feito, em oito anos, uma vez e meia o que foi feito num século, de escolas técnicas neste país, ou seja, são 214 escolas técnicas em oito anos, contra 140 em cem anos neste país.

Este país mudou, este país mudou porque nós acreditamos neste país. Este país mudou porque nós tiramos 28 milhões de pessoas da pobreza e elevamos 36 milhões de brasileiros para a classe média brasileira, transformando a população de classe média em mais de 50% da população brasileira, para comprar mais aço do Gerdau, para comprar mais leite da Nestlé, para comprar mais produtos da Natura, para abrir mais contas no Itaú, para comprar mais no Extra, para comprar mais no Pão de Açúcar, ou seja, para comprar mais as coisas que vocês produzem, fabricam e oferecem ao consumidor brasileiro.

Este país mudou porque a indústria naval brasileira, companheiro José Sergio Gabrielli, que na década de 70 era a indústria naval, a segunda do mundo, e que desapareceu nos anos 90, ressurge em 2010 com 50 mil trabalhadores, com milhões de dólares investidos pela Petrobras, com a construção de plataformas, de sondas, de navios, de grandes petroleiros e estaleiros construídos neste país.

Este país deu um salto de qualidade porque a construção civil brasileira se recuperou, meu querido Miguel Jorge. Desde o governo Geisel, que endividou este país para que a gente tivesse investimento em infraestrutura, que este país não investia em infraestrutura, Guido Mantega. Este país passou 25 anos pagando dívida para poder sobreviver. Graças a Deus, eu vou terminar o mandato, Mino Carta, podendo dizer a vocês que nós – que cinco anos atrás, na Índia, eu imaginava que um dia o Brasil iria ter US$ 100 bilhões de reservas –, nós vamos terminar o mandato, Guido Mantega, se você me ajudar, com US$ 300 bilhões de reservas, para ninguém ter medo de vender para o Brasil ou de comercializar com o Brasil, porque nós teremos dinheiro para pagar as nossas dívidas e não devemos ao FMI. Pelo contrário, eles nos devem, e em vez de eles virem aqui fiscalizar o Brasil, Guido, é você que, de vez em quando, precisa ir fiscalizar o FMI para saber se eles estão fazendo as coisas corretas.

Eu estou vendo, companheiro Mino Carta, a greve na França agora, estou vendo a crise na Espanha, a crise em Portugal, a crise nos Estados Unidos, a crise na Alemanha. Como é que pode um país como a Grécia causar a crise que causou na Europa? Qual é a justificativa econômica, política de um país do tamanho da Grécia levar a Europa a uma crise profunda e sem precedentes, senão a explicação da incompetência política, da falta de liderança, da [falta de] tomada de posição na hora certa, [da falta] de fazer as coisas que têm que ser feitas? E isso, Mino, a gente não aprende na universidade. É a lei da sobrevivência, é a lei da provação todos os dias.

Eu digo sempre: eu governei oito anos, Mino, tendo que provar, a cada dia, a minha existência. A elite brasileira não tem que provar nada. Eles erram, afundam o Brasil e não têm que provar nada. Terminam o mandato, passam três, quatro anos na Europa, vão fazer pós-graduação em Harvard, na Sorbonne, voltam e continuam do mesmo jeito. Eu é que tenho que provar a cada dia que este país tinha que dar certo. Então, vamos entregar este país, Mino, numa condição em que nunca antes na história do país um presidente entregou para o outro nas condições em que vamos entregar: um país em ascensão e não um país em descenso; um país com a classe trabalhadora ganhando mais, com os aposentados ganhando mais, sem tentar fazer na campanha um leilão de benefícios, como eu tenho visto. Ah, como é fácil prometer em eleição! E eu não vejo, não vejo as críticas necessárias à irresponsabilidade. Quando eu queria dar 2% de aumento para os aposentados, eu estava “quebrando a Previdência”. Eu vejo na televisão alguém dizer: “Eu vou dar “tanto” por cento e eu sei como é que faz, e tem dinheiro”. E ninguém fala nada, como se valesse a mentira sobre a verdade, como se valesse a mesquinhez sobre a seriedade que nós temos que ter para transformar este país na quinta, na quarta, na terceira economia do mundo. Nós temos condições, nós temos possibilidades, e nós provamos que é possível.

Eu duvido que tenha um empresário neste país que diga que ganhou menos dinheiro no meu governo do que no governo dos outros, que pareciam ser amigos dos empresários. Eu duvido que tenha trabalhadores que ganharam... – e eu fui sindicalista durante 20 anos – eu duvido que tenha, no movimento sindical, momento da história em que eles ganharam o que estão ganhando hoje. No fundo, no fundo, a junção entre eu e o Zé Alencar, em mil... ou melhor, em 2002, foi aquilo que todo mundo sonhava fazer, que era estabelecer uma harmonia entre capital e trabalho, para poder fazer este país crescer. Quais foram as greves que nós tivemos no nosso mandato, Mino? Quem foi que queimou carros neste país? Quem foi que queimou casa, quem foi que tocou fogo...? Nada! Este país viveu harmonicamente durante oito anos como jamais ele viveu, numa demonstração de que é possível, na medida em que a gente confie no outro, na medida em que a gente trabalhe em harmonia, na medida em que a gente pense no futuro do país.

É assim, meu querido Abilio Diniz, que eu vou entregar este país: os pobres comendo mais, os pobres entrando no shopping, abrindo conta no Itaú, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, no Bradesco. Os pobres já não são mais tratados como marginais. Eles já podem entrar de sandálias Havaianas num banco e não são tratados como se fossem párias da sociedade. Os catadores de papel de São Paulo têm conta em banco, e tem 220 milhões de empréstimo do BNDES para os companheiros que catam papel.

Eu lembro, Mino, e vou terminar dizendo isso, que um dia eu perguntei ao companheiro Guido Mantega: se nós éramos um país de economia capitalista, por que a gente não adotava uma política capitalista para este país? E perguntei ao Guido Mantega quanto crédito a gente disponibilizado neste país. Meu caro Gerdau, em março de 2003, este país de economia capitalista tinha apenas R$ 380 bilhões de crédito disponibilizado para 190 milhões de habitantes. Eu, na minha consciência socialista, dizia: que desgraça de país de economia capitalista é este, que o povo não tem capital, que não tem crédito e que os bancos não emprestam dinheiro para o povo? Pois bem, nós vamos entregar este país, a quem vier depois de mim, com crédito de US$ 1 trilhão e 600 bilhões. Nós... somente o Banco do Brasil hoje... somente o Banco do Brasil – eu não sei o Itaú, porque você não me contou, Roberto –, mas somente o Banco do Brasil hoje tem todo o crédito que o Brasil inteiro tinha em 2003. Somente a Caixa Econômica Federal, Guido, tem 175 bilhões. Somente o Banco do Brasil tem 360 bilhões. Somente o BNDES, que emprestava, no máximo, 30 ou 40 bilhões, tem hoje mais de 150 bilhões emprestados, e nós achamos que é pouco.

O Guido sabe que na crise econômica a gente discutiu: este país não sairá da crise, Guido, se não tiver crédito. Trate de liberar compulsório, trate de comprar carteira de banco pequeno, trate de comprar carteira para liberar os bancos menores, trate de fazer com que a gente abra isenção de IPI, de imposto para os produtos de consumo popular. E foi exatamente, Mino, foi exatamente essa política anticíclica que o Guido colocou em prática, junto com o Miguel Jorge, que fez com que este país se sobressaísse melhor do que o império Estados Unidos ou do que a Europa. Eles que sabiam tudo, eles que davam palpite em tudo, eles que sabiam a solução de todos os problemas da Humanidade quando a crise era na América Central, mas quando a crise molhou eles, eles não souberam como resolver o problema.

Então, companheiros e companheiras, primeiro, meus parabéns pelas empresas que receberam os prêmios. Aliás, tem algumas empresas, Mino, que você tem que rever porque tem algumas que ganham o prêmio todos os anos, todos os anos. Nós precisamos mudar aí, tentar... não incluir, não inscrever mais essas empresas nas pesquisas, porque está demais. Tem uma tal de Natura, uma tal de Nestlé, uma tal de Vale do Rio Doce, uma tal de Petrobras, uma tal de Gerdau que todos os anos elas ganham em primeiro lugar, segundo lugar, primeiro lugar, segundo lugar! Se fosse um concurso de Miss Brasil, onde é que a gente ficaria?

Bem, primeiro, dar os parabéns a vocês porque o prêmio que vocês ganharam e os elogios são merecidos. Realmente, eu acho que nós precisamos aprender a gostar das coisas deste país, a valorizar a empresa nacional, a valorizar o trabalhador brasileiro, e eu acho que vocês são a síntese melhor do que a gente tem neste país.

Em segundo lugar, Mino, parabenizar a Carta Capital, e dizer para você da minha solidariedade, porque ontem, ontem uma revista da CUT foi proibida de circular neste país porque trazia a fotografia da candidata Dilma na capa. Eles, que falam em democracia; eles, que falam em liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Eu, por coincidência... não vou dizer qual é a revista, mas eu vi uma revista esta semana, com uma fotografia na capa, que é um acinte à democracia. Vocês riram? Eu nem falei para vocês qual é a revista! No fundo, no fundo, todo mundo sabe da hipocrisia que reina neste país. Todo mundo sabe, mas, muitas vezes, nós fingimos que não é conosco, e só vamos sentir a dor quando for a gente que estiver na capa da revista, porque neste país ninguém tem que provar nada, é só acusar. Acuse, acuse! Depois você não tem que provar a inocência de ninguém. É o acusado, mesmo que inocente, que tem que provar a sua inocência, e quando é provada a sua inocência não sai uma nota no pé de um jornal deste país.

Eu sei, Mino, o que você sentiu, eu sei. Eu sei o que você sentiu quando fez o jornal República, quando fez a revista Veja, quando fez a revista IstoÉ, quando fez o Jornal da Tarde, eu sei, porque neste país, ser sério é um afronta àqueles que governaram este país a vida inteira e nunca agiram com seriedade.

Eu quero dizer para vocês que eu vou terminar o meu mandato com o orgulho de nunca ter precisado almoçar num jornal, numa revista ou numa televisão, nunca. E não faço isso por orgulho, faço isso por independência de não precisar jantar nem almoçar com ninguém, de pedir favor a quem quer que seja para me colocar na última, na primeira ou na página do meio. Eu, a única coisa que eu quero é que digam a verdade e somente a verdade, contra ou a favor, mas digam apenas a verdade. E enquanto a classe política, Eduardo, não perder o medo da imprensa, a gente não vai ter liberdade de imprensa neste país, esteja certo disso. A covardia, a covardia, a covardia é muito grande neste país. Eu acho que nós estamos construindo uma outra nação, e eu estou dizendo isso no final do meu mandato. Daqui a 74 dias eu não tenho mais imunidade, eu não tenho mais nada, eu vou ser um cidadão livre para poder falar o que eu quiser, quando eu quiser e como eu quiser. E se você quiser, Mino, ainda de sobra, escreverei um artigozinho na Carta Capital, para fazer as coisas que eu acho que tem que fazer.

Parabéns, Mino. Parabéns a todos vocês, e que Deus ajude este país a continuar crescendo e se fortalecendo.

Um abraço.
Luiz Inácio Lula da Silva

domingo, 9 de janeiro de 2011

Selo em homenagem ao Presidente Lula

Do blogue dos Correios On Line.


Selo em homenagem ao Presidente Lula
Por Correios Online | 29/12/2010 | Categorias: Correios Online, Loja virtual, Selos 2011


No dia 1º de janeiro de 2011 entrará em circulação a Emissão Especial “Homenagem ao Presidente Lula”. O selo terá valor facial de R$ 2,00 e será vendido também na loja virtual dos Correios – Correios Online.

Vale lembrar, em tempos de acusações de uso indevido da máquina estatal, existe permissivo para "emissão de um selo em homenagem a uma pessoa viva. A Portaria nº 500, que regulamenta as nossas emissões postais, determina que os selos só podem homenagear pessoas já falecidas, exceto ganhadores de Prêmio Nobel, medalhistas de ouro olímpicos e os nossos presidentes da república, após o término do mandato.

Tanto que tivemos emissões anteriores, após findos os mandatos, homenageando os presidentes Sarney, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, só para ficar no exemplo dos três anteriores ao Lula." (http://www.filatelia77.com.br/informativo/).

Organizando as ideias: Ken Robinson, as massas brasileiras e o neurocientista

Reproduzo texto publicado no Blogue do Jornalista Luiz Carlos Azenha, Vi o Mundo, em 09/01/2010.



O Oliveira indicou o vídeo acima, uma palestra animada do pensador britânico Ken Robinson.

O Professor indicou o vídeo com legendas em português (é preciso acionar o CC).

A Heloisa Villela tirou o texto em inglês e traduziu para o português (assim você pode ler, se não tiver como assistir):

“Todos os países do mundo, no momento, estão promovendo reformas na educação. Existe dois motivos para isso: um é econômico. As pessoas estão tentando descobrir como devemos educar nossas crianças para que ocupem um lugar na economia do século XXI. Como fazer isso? Apesar de não conseguirmos prever como a economia vai se comportar no fim da semana que vem, como os distúrbios recentes demostraram…

A segunda é cultural. Todos os países do mundo estão tentando descobrir como podemos educar as crianças de forma que tenham uma identidade cultural e possamos passar os genes sociais das nossas comunidades ao mesmo tempo em quesão parte do processo de globalização. Como equacionamos isso?

O problema é que estão tentando atingir o futuro fazendo as mesmas coisas que faziam no passado e, no processo, alienando milhões de crianças que não vêem nenhum propósito em ir para a escola.

Quando nós fomos para a escola, fomos mantidos lá com uma estória: se você se esforçasse, fosse bem e tirasse um diploma universitário, você teria um emprego. Nossas crianças não acreditam nisso. E elas têm razão. Hoje, é melhor ter um diploma to que não ter. Mas não é mais uma garantia. Especialmente se o caminho até lá marginaliza todas as coisas que você acham que são importantes a seu respeito.

Então as pessoas dizem que é preciso elevar os padrões, como se estivessem descobrindo a pólvora. Jura? Sim, devemos. Por que rebaixaria? Ainda não me deparei com um motivo para rebaixá-los.

O problema é que o atual sistema de educação foi desenhado e concebido e estruturado para uma outra era. Foi concebido na cultural intelectual do iluminismo. E nas circunstâncias econômicas da Revolução Industrial. Antes da metade do século XVII não existia sistema público de ensino. Você podia, talvez, ser educado pelos Jesuítas, se tivesse dinheiro. Mas a educação pública, paga por impostos compulsórios, e oferecida de graça, era uma idéia revolucionária.

E muita gente era contra. Diziam: não é possível, para várias crianças de rua e filhos de trabalhadores, se beneficiar da educação pública. Eles não são capazes de aprender a ler e escrever. Por que estamos perdendo tempo com isso? O argumento foi construído sobre uma série de suposições a respeito de estruturas sociais e capacidades. Foi impulsionado por necessidades econômicas da época mas era atravessado por um modelo intelectual da mente que é, essencialmente, a visão do iluminismo sobre a inteligência.

A real inteligência consiste da capacidade para certo tipo de dedução lógica e o conhecimento dos clássicos. O que passamos a conhecer como habilidade acadêmica. Isso está encravado na genética da educação pública; de que existem dois tipos de pessoa: acadêmicas e não acadêmicas. Pessoas inteligentes e pessoas não inteligentes. E a consequência é que várias pessoas brilhantes pensam que não são porque estão sendo julgadas por esta visão particular da mente. Então, temos duas vertentes: econômica e intelectual. E a minha visão é que este modelo provocou o caos na vida de muita gente.

Foi ótimo para alguns. Algumas pessoas se beneficiaram muito deste modelo. Mas a maioria não. Ao contrário, eles sofrem disso: esa é uma epidemia moderna, mal colocada e fictícia. Essa é a praga da TDAH.

Esse é o mapa da incidência de TDAH nos Estados Unidos. O mapa da medicação. Não me levem a mal. Eu não quero dizer que não existe TDAH. Não sou qualificado para dizer isso. Sei que a grande maioria dos psicólogos e pediatras pensam que ele existe. Mas ainda é motivo de discussão. O que eu sei, de fato, é que não é uma epidemia.

Essas crianças estão sendo medicadas com a mesma frequência com que tirávamos as amígdalas. E com a mesma base esquisita e pela mesma razão: modismo médico. Nossas crianças estão vivendo no período de estímulos mais intenso da história da Terra. Estão sendo atacadas por informações e a atenção delas é exigida por todas as plataformas: computadores, Iphones, anúncios, centenas de canais de TV e são castigadas por estarem distraídas. Distraídas do que? De coisas chatas! Da escola, majoritariamente.

Me parece não ser coincidência totalmente que a incidência de TDAH cresceu paralelamente ao uso dos testes padrão. Essas crianças estão tomando Ritalina, Aderal e tantas outras coisas, normalmente drogas muito perigosas, para focarem e se acalmarem.

Mas de acordo com isso aqui, a incidência de TDAH aumenta na medida em que você viaja para o leste do país. As pessoas começam a perder o interesse em Oklahoma. Quase não conseguem mais pensar direito em Arkansas. E quando chegam a Washington já enlouqueceram (e acredito que existem diferentes razões para isso!).

É uma epidemia fictícia. Se você pensar sobre isso, as artes, e não apenas as artes mas a ciência e a matemática também, mas falo das artes porque são a principal vítima dessa mentalidade corrente.

As artes lidam, especialmente, com a idéia da experiência estética. Na experiência estética, seus sentidos estão operando no pico. Você está presente no momento, quando está envolvido com essa experiência que está vivendo, quando está completamente VIVO. O anestésico é quando desliga seus sentidos. E se mata para o que está acontecendo. E muitas dessas drogas são isso. Nós estamos fazendo com que as crianças enfrentem o processo educacional anestesiando-as. E acho que deveríamos estar fazendo justamente o oposto. Não devíamos adormecê-las e sim acordá-las para o que têm dentro delas mesmas.

Mas o modelo que temos é o seguinte: um sistema de educação moldado pelos interesses do industrialismo e a semelhança dele. Lhes dou alguns exemplos:

As escolas estão organizadas como linhas de montagem. O sino toca, áreas separadas, especialidades que não se interconectam. Ainda educamos as crianças em fornadas. Entram no sistema pela idade. Por que? Por que essa suposição de que o que têm em comum é a idade?

A coisa mais importante é a data de fabricação?

Eu conheço crianças que são muito melhores que outras, da mesma idade, em algumas disciplinas.

Ou em diferentes horários do dia. Ou melhores em grupos pequenos e não grandes. As vezes, preferem ficar sozinhas. Se você está interessado em um modelo de aprendizagem, não começa com essa mentalidade de linha de montagem. Isso diz respeito, essencialmente, a conformidade. E aumenta com os testes padrão e o currículo padrão. Tudo é a padronização. Acho que deveríamos seguir na direção diametralmente oposta. É isso que quero dizer quando fala em mudar o paradigma.

Recentemente foi feito um excelente estudo sobre pensamento divergente. Pensamento divergente não é a mesma coisa que criatividade. Eu defino a critivade como o processo de ter idéias originais que tem algum valor. Não é sinônimo, mas é capacidade essencial para a criatividade. É a habilidade de ver várias respostas possíveis para uma pergunta. Várias maneiras diferentes de interpretar a pergunta. Pensar para os lados, não pensar de forma linear ou convergente apenas. Ver respostas múltiplas e não apenas uma.

Aqui vai um exemplo. Você pode dar quantos usos diferentes a um clips? A maioria das pessoas provavelmente vai pensar em 10 ou 15. As pessoas boas nisso podem se sair com 200. E chegam lá perguntando: o clips pode ter duzentos pés e ser feito de espuma de borracha? Ou tem que ser um clips de papel como nós conhecemos?

O teste foi feito com 1.500 pessoas em um livro chamado grandes pontos e mais além. Se você atingisse um determinado patamar, seria considerado um gênio do pensamento divergente. Minha pergunta prá vocês é essa: que percentagem dos 1.500 testados atingiu o nível de gênio do pensamento divergente?

Todos eram alunos de Jardim da Infância. 98%. Mas era um estudo longitudinal. Testaram as mesmas crianças cinco anos depois, na idade de 8 a 10 anos. E testaram novamente outros cinco anos depois, na idade de 13 a 15 anos. Aí vem o padrão. Isso conta uma estória interessante. Você poderia imaginar isso indo para em qualquer sentido. Começa não sendo muito bom mas melhor na medida em que envelhece. Mas isso mostra duas coisas: todos nós temos essa capacidade. E dois, ela quase sempre deteriora.

Agora, muitas coisas aconteceram com essas crianças enquanto elas cresceram. Mas a mais importante, estou convencido, é de que agora elas se tornaram educadas. Passaram dez anos na escola ouvindo que existe uma resposta, no verso. E não olhe, nem copie, isso é fraude. Fora da escola, isso se chama colaboração. Isso não é porque os professores querem assim. É porque aconteceu assim. Porque está na genética da educação.

Temos que pensar de forma diferente a respeito da capacidade humana. Temos que superar esse conceito antigo de acadêmico e não acadêmico. Abstrato. Teórico. Vocacional. E ver como realmente é: um mito. Em segundo lugar, temos que reconhecer que a maior parte do aprendizado acontece em grupos. Colaboração é essencial para o crescimento. Se atomizar as pessoas, separá-las e julgá-las separadamente, vamos criar uma disjunção entre elas e o ambiente natural do aprendizado.

Em terceiro lugar, é crucialmente a respeito da cultura das nossas instituições. Os hábitos das nossas instituições e os habitats que ocupam”.



O Zé Povinho trouxe (acima) uma segunda palestra desta série, que está bombando no You Tube (esta com legendas em português direto no vídeo).

Para outras vídeo-palestras da RSA, clique aqui.



O Nilton acrescentou sua colaboração (acima), que fala especificamente da deseducação continuada promovida por uma certa elite dominante.

O Jorge disse que este debate sobre educação no Brasil o faz lembrar das propostas do neurocientista Miguel Nicolelis.

Aqui, a proposta de Nicolelis para a Ciência brasileira.

Aqui, a reportagem da revista Science sobre o Brasil.

Aqui, Nicolelis pode ser candidato ao Nobel.

E devemos lembrar que a discussão toda começou por conta dos textos provocativos da Heloisa Villela sobre o transtorno do déficit de atenção.

Aqui, o primeiro.

Aqui, a resposta que o primeiro texto gerou, do médico Bruno Mendonça Coêlho.

Aqui, o segundo.

Aqui, o terceiro.

Uma discussão destas aqui no Viomundo e tem gente que prefere ler… a Veja.

A Folha Mente - A Bíblia e o Crucifixo

Reproduzo aqui o texto publicado no blogue Os Amigos do Presidente Lula em 09/01/2010.





Na Folha de São Paulo, somente para assinantes, a notícia".Em sua primeira semana, Dilma Rousseff fez mudanças em seu gabinete. Substituiu um computador por um laptop e retirou a Bíblia da mesa e o crucifixo da parede".

A Folha mente

A jornalista Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social da presidência da República anunciou no Twitter a verdade dos fatos...

Em três mensagens, Helena disse:- Pessoal, só esclarecendo: A presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete.A peça é do ex-presidente Lula e foi na mudança.

Aliás,o crucifixo,que Lula ganhou de um amigo no início do governo,é de origem portuguesa.

Mais: Dilma também não tirou a bíblia do gabinete. A bíblia está na sala contígua, em cima de uma mesa - onde, por sinal, a presidenta já a encontrou ao chegar ao Planalto.

E um último detalhe: Embora goste de trabalhar com laptop,a presidenta não mudou o computador da mesa de trabalho.Continua sendo um desktop.

A folha já está fazendo oposição

O PIG já fez e falou tanta besteira sobre Dilma e já apanhou tanto e não aprendeu nada.

1º. A Dilma, não pode  ser candidata porque ninguém a conhece (foi candidata)
 
2º A Dilma, candidata, vai ser um vexame na campanha (se portou bem)
 
3º A Dilma, na campanha sem o Lula vai ser um Fiasco (quebraram a cara)
 
4º A Dilma, no debate, vai ser um vexame ( foi melhor que o adversário)
 
A Dilma sempre um passo na frente deles (PIG)

A questão é: sem saber o porque do crucifixo ser tirado da sala, a manchete insinua que Dilma não quer o crucifixo, e a bíblia em sua sala

A Folha está passando por  mentirosa e tendenciosa. Não vai demorar muito, não vamos acreditar em uma só notícia que eles  escreverem.

Festival de Besteiras (ou é mal caráter mesmo!) que Assolam a Grande Imprensa Golpista - PIG

Auxilie a divulgar a lista dos ColOnistas Golpistas do PIG


São 33 colonistas golpistas do PIG com 40 frases deles atacando o Governo Lula.
Ficou muito bom, caso queiram ver e divulgar, aqui está o link:

http://frasesdadilma.wordpress.com/partido-da-imprensa-golpista/frases-nesses-8-anos/

Abraços

 O PIG nesses 8 anos

Por @Porra_Serra_

Esse é um post colaborativo, caso você possa ajudar com mais frases do PIG, por favor entre em contato.

Pretendo nesse post mostrar o que disseram os “colOnistas” do Partido da Imprensa Golpista nesses 8 anos de Governo Lula, na medida do possível citarei os links das frases e mostrando como os argumentos de tais pessoas são de extrema falsidade, fundamentados por preconceitos, racismos e ódio ao Governo Lula.

O link com a frase original encontra-se na imagem, em vermelho o link desmentindo o PIG:



“Lá [em Honduras] como cá houve, na verdade, um contragolpe. Aqui, por uma ação militar que deixou o Congresso diante de um fato consumado: a invacância da presidência, com a fuga de Goulart para o exterior. Lá, por uma ação totalmente dentro da legalidade.” (Alexandre Garcia, em 29/12/2009.)

Comentário: Documentos vazados pelo Wikileaks comprovam que o EUA assume ter ocorrido um golpe de Estado ilegal


“Na cobertura da tragédia da TAM, a grande imprensa se portou como devia. [... Ela] foi, honestamente, testando hipóteses, montando um quebra-cabeça que está longe do fim.” (Ali Kamel)

Comentário: Embora a mídia jogasse a responsabilidade pela a tragédia no Governo Lula, o acidente foi causado por falha humana


“Lula ressuscita a CPMF para vingar-se dos que sepultaram o sonho do terceiro mandato.” (Augusto Nunes em 5 de novembro de 2010)

Comentário: Por ser um estadista, Lula sempre respeitou o jogo democrático e nunca visou o terceiro mandato.
“Eu não estou dizendo que Lula é nazista. [...] O que estou dizendo é que Lula e o PT, de modo geral [...] têm sistematicamente recorrido a símbolos e táticas que [o teórico nazista] Carl Schmidt de bom grado aprovaria.” (Bolívar Lamounier, 22/10/2010 Sobre a campanha)
Comentário: A campanha de José Serra para a presidência utilizou redes neonazistas para caluniar a Dilma Rousseff
“Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.” (Boris Casoy, “Folha de S. Paulo”, 28 de março de 2006)
Comentário: O mensalão nunca foi provado. O PIG tentou usar o escândalo para golpear o Governo Lula
“Duzentas pessoas estão mortas. Elas devem ser somadas às 154 vidas segadas no Boeing da Gol que colidiu com o jato Legacy. Balanço terrível do caos da aviação: 354 vítimas da incompetência, da corrupção, da omissão e do desgoverno.” ”O presidente é o responsável” (Carlos Alberto Di Franco)
Comentário: Desligamento do transponder pelos pilotos no jato Legacy ocasionou o acidente
Não se pode dizer que o ano foi bom para a economia do Brasil.” (Carlos Alberto Sardenberg, Rádio CBN em 28 de dezembro de 2009)

Comentário: Em 2009, enquanto os países sofreram grave recessão e cortes de emprego, o Governo Lula continuou a política de geração de empregos. O saldo de empregos foi de 1.765.980
“A provável reeleição de Lula é sinal de que, para boa parte dos brasileiros, a ética e a honestidade definitivamente deixaram de ser valores em si mesmas, para tornarem-se qualidades subjetivas.” (Cora Rónai, em 28 de setembro de 2006)
Comentário: O PIG mostra não suportar o jogo democrático, muito menos respeitar o voto soberano e o povo brasileiro.
“Fato é que os Poderes, os partidos, os políticos, as instituições, as entidades organizadas, a sociedade estão todos intimidados, de cócoras ante um mito que se alimenta exatamente da covardia alheia de apontar o que está errado.” (Dora Kramer, “Uma Nação de Cócoras” 15/10/2009)
Comentário: A dondoca indignada por ninguém escutar seu cacarejar.

“O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada.” (Folha de S. Paulo sobre a ficha falsa do DOPS sobre Dilma Rousseff)
Comentário: Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, Bicho Papão e ET de Varginha. A autenticidade desses personagens não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada.
“E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo.” (Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais, em 17 de março de 2010)
Comentário: Estamos esperando os meios de comunicação serem honestos e dizer que são de oposição
“A irritação do presidente Lula com as críticas demonstra a dificuldade de conviver com a democracia.” (Marco Antonio Villa, Folha de S. Paulo, 24 de setembro de 2010. Contexto: Lula criticou a imprensa)

Comentário: Como diz o Lula: “Não existe maior censura do que a ideia de que a mídia não pode ser fiscalizada”
“O PT vai pensar com mais cuidado na escolha de seu candidato para a Presidência. Será mesmo a Dilma Rousseff? Se alguém quiser dar nome a um poste, pode chamá-lo de Dilma. Ela nunca foi eleita para um cargo representativo, não tem experiência eleitoral. Como pretendem jogá-la na eleição de 2010, que se anuncia como a mais disputada da história republicana do Brasil?” (Marco Antonio Villa, no “Estado de S. Paulo” 28/10/2008)
Comentário: Uma mulher que lutou contra a ditadura, foi barbaramente torturada, Secretária Municial da Fazenda, Secretária de Minas e Energia, Ministra de Minas e Energia, Ministra da Casa Civil e Presidenta do Brasil pode ser considerada um poste?
“Serra foi atingido, sim, por uma bobina de papel crepe (o tal ‘artefato’) que, arremessado com força, pode provocar danos graves na pessoa atingida.” (Merval Pereira, em 24 de outubro de 2010)

Comentário: O fato é que José Serra foi atingido somente uma vez e por uma bolinha de papel, contrariando a versão do PIG.

“Depois de aparelhar o estado por oito anos, numa versão petista de ‘o estado sou eu’, Lula bradou ontem num comício em Campinas que ‘a opinião pública somos nós’. Do alto de sua popularidade, nosso Luis XIV tropical acha definitivamente que tomou posse do povo brasileiro.” (Lauro Jardim, em 19 de outubro de 2010.)
Comentário: O PIG nervoso por descobrir através do Lula que o povo brasileiro são seres pensantes.

“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades.” (Demétrio Magnoli, 1/3/2010).

Comentário: Que liberdade o Serra prega? A de imprensa? Logo ele que é responsável por demissões de jornalistas e roubo de gravações na CNT?

“Impressionante como a política atrai vagabundo e picareta, aproveitar pelo presidente da república que não vale nada,vai demorar gerações para que o Brasil desfaça o mal que o Lula fez, eu tenho que desmistificar esse picareta que está na presidência da república” (Marcelo Madureira, Manhatan Connection, 03 de outubro de 2010)
Este governo que está aí é um governo autoritário que não perde a oportunidade de mostrar seu autoritarismo(TV Estadão, 02 de março de 2010)
Comentário: Caceta & Planeta acabou, mesma tática de Tasso Jereissati e César Maia: Ao ficar desempregado, ataque o Lula por toda frustração e impotência guardada ao longo da vida.

“Dilma não é uma ameaça ao vernáculo ─ mas à segurança nacional. Essa mulher evidentemente não tem a menor condição de representar um único brasileiro ─ sequer seu neto Gabriel, ainda ‘unborn’. (…) No dia em que o Criador, depois da última cinzelada na criatura, ordenou ‘Fala Dilma’, o mito começou a ruir.” (Celso Arnaldo, no site da “Veja”, 16/5/2010)
Comentário: O neto da Dilma nem havia nascido e o PIG já começou a bombardeá-lo. “O mito começou a ruir”? Dilma Presidenta.

“Cada vez mais, Lula tem menos chances. A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira pelo Jornal Nacional mostra que o presidente Lula foi atingido em cheio pelas denúncias.” (Cristiana Lôbo, em artigo no jornal “O Globo” 29/8/2005)
Comentário: Cristiana Lôbo como jornalista é uma ótima vidente. Ops, nem isso!

O Brasil pode não aderir, mas é incapaz de impedir a formação da Alca.” (Eurípedes Alcântara, em artigo na revista “Veja” 15/10/2003)
Comentário: Ministro Celso Amorim disse tudo sobre o Alca: “(…)foi melhor talvez mesmo não ter tido a Alca. A crise nos EUA demonstrou isso. Nós ficamos mais protegidos, tivemos mais liberdade. E pudemos investir numa política Sul-Sul. E nada foi mais importante do que o processo de integração da América do Sul


“Gripe [suína] pode afetar até 67 milhões no Brasil em até oito semanas. [...] De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.”Helio Schwartzmann, em matéria na “Folha de S. Paulo” 19/7/2009)
Comentário: Documentário estrangeiro (legendado) mostra o quão golpista foi essa ”Operação Pandemia”

Aécio fecha acordo para ser vice de Serra.” (Kennedy Alencar, em coluna na “Folha de S. Paulo” 17/5/2009)

Comentário: Mais uma barrigada… quer dizer, furo jornalístico.

O governo Lula terminou quando ele não soube ou não pôde enfrentar sem medo o mar de lama do caixa 2 do PT, do mensalão de Delúbio Soares e das falcatruas alimentadas pelo loteamento de cargos públicos.” (Lucia Hippolito, em artigo no “Globo” 2005)

Comentário: Será que a Lucia Hippolito também estava bêbada ao escrever? (Youtube)

“Lula, o Lírico da Marolinha, deveria se desculpar pela besteira que falou. O efeito da crise no Brasil, no que concerne ao emprego (ver um dos posts abaixo), está mais perto mesmo de uma tsunami.” (Reinaldo Azevedo, em post no site da “Veja” 14/1/2009).
Comentário: Mais uma vez terei de citar, o que houve foi um tsunami de empregos. Em 2009, enquanto os países sofreram grave recessão e cortes de emprego, o Governo Lula continuou a política de geração de empregos. O saldo de empregos foi de 1.765.980
“Vocês viram essa? Lula, ao deixar a Presidência, quer escrever de vez em quando. Sim, vocês leram direito: escrever” (Ricardo Setti, Veja, 28 de outubro de 2010)

Comentário: Silvio Santos (empresário), Bill Gates (empresário – Microsoft), Michael Dell (empresário – Dell) e Steve Jobs (empresário – Apple) não cursaram ensino superior. Por que será que falam tanto do Lula? O PIG se mata de inveja, não conseguem aceitar que Lula é “O Cara”.

“Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham – se é que tinham – relações sexuais com cabritas e jumentas?” (Olavo de Carvalho, Diário do Comércio 20/12/2010)
Comentário: Como todos sabemos, a história do estupro é falsa. Mas o Olavo de Carvalho com certeza ganhou o troféu de FILHO DA P* do ano com esse comentário.

“(…) com Lula no poder o Brasil tornou-se, de forma premeditada, um dos países mais corruptos do mundo, onde a população se deixa escravizar seis meses ao ano para, entre outras mazelas, financiar o incontrolável aparelhamento da máquina pública, a bilionária propaganda enganosa, os “movimentos sociais” criminosos, as incontáveis ONGs parasitárias, o fausto palaciano, os partidos políticos de aluguel, programas sociais fraudulentos, etc., para não falar no enriquecimento súbito e milionário de amigos e familiares” (Ipojuca Pontes, “Lula, o filho do Mal” 21 setembro de 2009)
Comentário: Como vocês veem, o Brasil é o pior lugar do mundo para se morar.

“É óbvio também que ao longo dos últimos anos os fatos se impuseram, de maneira impiedosa, aos que elogiaram a política externa de Lula como um de seus grandes feitos. Quem sabe perdeu-se muito tempo à procura do ponto G.” (William Waack, Globo, 29 de junho de 2007)

Comentário: Saiu no jornal alemão Der Spiegel: “Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial“. Quem tem credibilidade?
A biografia de Lula será escrita nos tribunais. O julgamento histórico de seus oito anos no poder estará estampado numa série de inquéritos penais.” (Diogo Mainardi, Veja, 20 de março de 2010)
Comentário: A biografia do Lula está concorrendo ao Oscar.
“Sobre o livro ‘Lula, minha anta‘, no caso é anta substantivo e não adjetivo. Eu não tenho grande apreço pelo intelecto do presidente mas nesse caso é animal de caça, eu caçei esse bicho durante 2 anos e ele conseguiu fugir” (Diogo Mainardi, no Programa do Jô)
Na única vez que fiquei ao lado do Lula, eu cometi um ato criminoso. Isso deve ser um indicativo de alguma coisa” (Diogo Mainardi, no Programa do Jô falando que participou de uma greve”)
Comentário: Mainardi como todos sabem, sofre de inveja crônica. Além disso, é citado pelo Nassif como lobista de Daniel Dantas.

“A chamada política nacional dos direitos humanos do governo Lula põe fim à liberdade de expressão e opinião dos meios de comunicação e de pesquisa científica. Ainda dá um chute no balde de nossa galinha dos ovos de ouro, o agronegócio. Comparadas com isso aí, as reformas de base de João Goulart que levaram os militares ao poder em 64 é café pequeno, mas hoje o presidente assina sem ler, a oposição também não lê e os militares, bem, alguém sabe por onde anda os militares?” (José Nêumanne Pinto, SBT)
Comentário: Por um momento pensei que Nêumanne estivesse convocando um golpe militar. É incrível como o PIG que prega “liberdade de imprensa” e ao mesmo tempo adora uma ditadura.

Dilma parece estar no seu inferno astral. Além da radioterapia, ela enfrenta a entrada em cena de Marina, o empate com Ciro nas pesquisas, o envolvimento desgastante de Lula e do PT com a defesa de Sarney e, enfim, a cristalização da imagem de mentirosa (diploma, dossiê contra FHC, embate com Lina Vieira, versões divergentes de sua ação no caso Varig)” (Eliane Cantanhêde, Pulverização Governista, agosto de 2009)
 Comentário: Lina Vieira é casada com ex-ministro de FHC e suspeita de tráfico de influência e prevaricação. Dilma Rousseff, a presidenta do Brasil, é a mentirosa?

“O governo tem que ter um plano para enfrentar a recessão. (…) O problema da tese da marolinha é que ela foi um diagnóstico errado e quando o governo erra no diagnóstico, ele não vê o que está realmente acontecendo na economia. (…)” (Miriam Leitão, no Bom Dia Brasil (Globo) em 2009)
Comentário: Chega a ser cômico as análises da Miriam Leitão, só para citar: “Brasil ganha nota máxima em medição da reação à crise” e “Brasil recebe elogios por reação à crise global”. Mais uma barrigada do PIG.

“OK, NINGUÉM É perfeito. Mas por um momento Obama nos pareceu a pessoa mais perfeita do mundo; aquele presidente que adoraríamos ter. Mas pouco tempo passou para ele dar uma pisada de bola. Foi quando disse, de maneira elogiosa, que Lula era o “cara”. Tudo bem, ele não pode saber de tudo o que acontece no Brasil, mas para isso tem 500 assessores que deveriam contar as barbaridades que o nosso presidente diz -e permite que façam.” (Danuza Leão, Folha de São Paulo, 12 de abril de 2009)
Comentário: É com “complexo de vira-latas”, o que vem de fora é melhor. O PIG acha tudo de fora bonitinho, já o que é brasileiro é ruim. Veja o discurso de Lula sobre isso (Youtube)
“A idéia de comemorar as bodas de pérola com uma festa caipira não podia ter sido pior. O Brasil tem tantos regionalismos bacanas, uma culinária riquíssima, várias maneiras de ser cheias de ginga e charme que deslumbram o mundo inteiro, e o presidente e dona Marisa Letícia vão escolher logo uma caipirada dessas?” (Danuza Leão, 15 de junho de 2004)
Comentário: O PIG possui um ódio enorme do povo e de sua cultura.

“Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos. Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações.
Comentário: Olavo de Carvalho chama o Lula de pervertido e estuprador, já Jabor chama de psicopata. Essa é a ética do PIG


Lula deve desculpas a Serra. Chamou-o de mentiroso sem ver os vídeos que reconstituem o incidente. Se os tivesse visto, não teria mentido, pois só uma pessoa desonesta (e as houve, muitas) não via que retratavam dois episódios, distintos. Serra foi atingido duas vezes, por uma bola de papel e por um objeto mais pesado. A entrada de Nosso Guia [Lula] no debate foi um golpe desleal, demagógico. Se tivesse ocorrido um “dia da farsa”, com Serra simulando uma agressão, teria havido uma malfeitoria de candidato. Infelizmente o farsante foi Lula” (Elio Gaspari, 24 de outubro de 2010)
Comentário: O Indio da Costa deve estar certo então: “Eu estava ao lado do Serra quando aquele pacote enorme bateu na cabeça dele e fez até barulho, tinha 2kg. Veio numa velocidade enorme” Um OVNI
sexual
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Derradeiros momentos de Lula na Presidência da República - Discurso em Pernambuco em 28/12/2010

Abaixo, segue vídeo com a derradeira visita do Presidente Lula a seu estado de origem.
Após o vídeo tem-se o texto publicado no Blog Meu Pernambuco e em seguida a transcrição integral do discurso de Lula.

Lula em Pernambuco


Em despedida em Pernambuco, Lula chora ao lembrar carreira


Lula emocionado na despedida em Pernambuco. 28/12/2010




DESPEDIDA DO PRESIDENTE LULA EM PERNAMBUCO
Texto publicado originalmente do Blog Meu Pernambuco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chorou nesta terça-feira (28) ao relembrar de sua trajetória política durante discurso em seu estado natal, Pernambuco. Com um discurso de improviso, Lula lembrou das derrotas nas eleições para a Presidência em 1989, 1994 e 1998. Foi o último discurso dele no estado na condição de presidente.


"Eu não quero chorar mais do que já chorei. Vocês sabem que uma coisa que eu admiro no povo é que o povo chora para fora, o povo ‘cafunga’, lacrimeja, e político chora para dentro, fica com vergonha, e fica engolindo lágrimas, quando deveria colocar lágrimas para fora", disse o presidente.

Segundo ele, só o "dedo de Deus" explica o fato de um retirante do interior de Pernambuco ter se tornado presidente da República. "Eu sou agradecido a Deus em primeiro lugar, porque se não fosse o dedo de Deus não era normal que um retirante de Caetés, que saiu do sertão para fugir da fome, se transformasse em presidente da República do Brasil. Isso só pode ter o dedo de Deus".

Lula ainda lembrou que, no decorrer de suas campanhas políticas, ficou preocupado com a desconfiança do povo. "Nós não conseguimos tudo, mas nós conseguimos gostar de nós, conseguimos nos respeitar, aprendemos acreditar em nós, e quem acredita em si próprio nunca será derrotado."

"Eu lembro que um dia aqui, uma mulher falou que não ia votar em mim porque eu ia tirar tudo dela. O que eu ia tirar dessa mulher? Eu falei: 'Marisa, eu estou assustado, que eu fui num barraco de uma pessoa que não tinha nada, e ela tinha medo de mim'. E a Marisa me dizia: 'Não desiste que um dia você vai convencer', e isso aconteceu em 2002", disse.

"Tomei como decisão na falhar. Eu duvido que tenha tido um presidente da República que tenha trabalhado o tanto que eu trabalhei, que tenha viajado o tanto que eu viajei, que tenha cumprimentado as pessoas o tanto que eu cumprimentei. E não faço isso à toa porque eu quero sentir o pulsar do coração, da alma e da mente de cada mulher e de cada criança desse país. E foi com essa convicção que eu consegui governar o primeiro mandato depois de tantas coisas ruins que aconteceram e conseguimos chegar ao segundo mandato", disse.

Lula participou da cerimônia de inauguração do Memorial Luiz Gongaza, e recebeu das mãos do governador Eduardo Campos uma faixa em homenagem aos serviços prestados ao estado.

Em tom de brincadeira, Lula perguntou ao público se não poderia ser "pastor" ao terminar o mandato, no final desta semana. "Vocês não acham que eu poderia ser pastor depois de deixar a Presidência da República? Fazer sermão lá em Garanhuns?", indagou o presidente.

Em seu discurso, Lula lembrou de algumas obras realizadas no estado, como a construção da BR101. "Nem a Angela Merkel [primeira-ministra alemã] anda numa estrada tão bem tratada quanto a nossa 101", afirmou.

Também falou da obra de transposição do Rio São Francisco. "Eu nunca prometi obra. Eu sei que dom Pedro 2º queria fazer, ou 1º, uma coisa assim, mas não deixaram fazer. Pois bem, em 2012 a nossa companheira Dilma [Rousseff] vai inaugurar a transposição das águas do Rio São Francisco", afirmou.



Ao lado do governador Eduardo Campos, Lula também "homenageou" o ex-governador Miguel Arraes. "Lembro da campanha de 1989, que só tinha um governador que começou me apoiando, que foi o governador Miguel Arraes, e quem estava ao lado dele era um menino, um neto, que estava predestinado a seguir o avô", disse. Campos é neto do ex-governador, morto em 2005.

"Eu lembro no avião, eu e o doutor Arraes, que ninguém é santo, tomando uma dosezinha, e ele me disse 'faça a rodovia ligando Pernambuco ao Ceará', e depois eu perdi, e depois eu ganhei. É uma pena que o doutor Arraes não esteja aqui para ver, mas ele está lá de cima olhando', declarou.



Nós pernambucanos sentimos um orgulho danado de sermos conterrâneos do melhor presidente da historia do Brasil – Luis Inacio Lula da Silva

Nós pernambucanos somos gratos ao presidente Lula por tudo que fez nesses oito anos, não só por nosso estado, mas pelo que fez em prol de todo o país.

Nós pernambucanos estamos e sempre estaremos ao lado dessa figura iluminada que se transformou no grande estadista que é, sem perder a sua essência e principalmente sem se afastar dos seus ideais.

Nós pernambucanos apoiamos e apoiaremos a presidenta eleita Dilma Rousseff, se ela for pelo menos metade do que o presidente Lula foi no comando da nação brasileira.

Nós pernambucanos demonstramos nas urnas a nossa gratidão e a nossa confiança no presidente Lula e hoje além desse orgulho danado trazemos no peito a tristeza dessa despedida, mas confiantes no futuro, porque sabemos que existe um político que sempre estará ao lado do povo e pensando no bem do país

MAIS UMA VEZ, OBRIGADA PRESIDENTE LULA!


TRANSCRIÇÃO INTEGRAL DO DISCURSO DO PRESIDENTE

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de ordem de início do Cais do Sertão – Memorial Luiz Gonzaga e entrega da cessão de uso gratuito de terreno para a Associação Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque
Recife-PE, 28 de dezembro de 2010


Meu querido companheiro Eduardo Campos, governador do estado de Pernambuco, e nossa querida companheira Renata Campos, primeira-dama do estado de Pernambuco,
Meus queridos companheiros ministros Juca Ferreira, da Cultura; e nosso companheiro Sergio Rezende, pernambucano, ministro de Ciência e Tecnologia, o melhor ministro de Ciência e Tecnologia que o Brasil já teve.
Nosso querido companheiro deputado Guilherme Uchoa, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco,
Nosso querido companheiro João Lyra Neto, vice-governador do estado de Pernambuco,
Nossos queridos companheiros senadores eleitos Armando Monteiro Neto e Humberto Costa,
Deputados federais: nossa querida companheira, deputada mais votada do estado de Pernambuco, Ana Arraes; nosso querido companheiro Fernando Ferro; nosso querido companheiro Fernando Bezerra Filho e nosso querido companheiro Paulo Rubens Santiago.
Ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça,
Companheiro Milton Coelho, prefeito de Recife em exercício,
Nosso companheiro Múcio Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Recife,

Aqui é importante, agora: nosso companheiro Luciano Coutinho, pernambucano, presidente do BNDES, o melhor presidente que o BNDES já teve, na história do BNDES. É importante ficar em pé, para as pessoas conhecerem que Pernambuco tem o presidente de um banco que hoje é maior do que o Banco Mundial, e que empresta mais dinheiro do que o Banco Mundial. De vez em quando, a imprensa brasileira fala muito do Banco Mundial, mas o Banco Mundial, perto do BNDES não é nada, hoje. O BNDES é muito mais importante e é dirigido por um pernambucano.

Nosso querido companheiro... Esse é um companheiro particular, porque é o nosso companheiro ministro do Tribunal de Contas da União, o nosso querido companheiro José Múcio, o nosso querido companheiro.
E outra coisa importante – prestem atenção – é importante que a Maria Fernanda se levante. Da mesma forma que o BNDES tem o presidente mais importante da história do BNDES, um pernambucano, a Caixa Econômica Federal tem a melhor presidenta que a Caixa Econômica já teve, a companheira Maria Fernanda. E não é dito por mim, é dito pelos governadores, pelos prefeitos. Eu vou contar uma história dela aqui. Eduardo, eu não conhecia a Maria Fernanda. Eu não conhecia a Maria Fernanda, quando eu precisava escolher uma pessoa para presidir a Caixa Econômica Federal. Ela estava entre a terceira e a quarta opção de escolha. Aí, entra esta senhora na minha sala e fala assim para mim: “Presidente, eu não posso aceitar esse cargo, porque eu tenho um irmão que é oposição do governo, trabalha no governo do Jarbas Vasconcelos”. Eu falei: Maria Fernanda, eu não estou convidando o seu irmão, eu estou convidando você. Eduardo, somente depois que eu falei para a Dilma: Dilma, eu encontrei a presidenta da Caixa, somente depois que ela estava escolhida é que ela me confessou que ela era uma companheira que tinha ajudado a fundar o PT aqui em Pernambuco, em 1982. Foi esse senso de responsabilidade e esse senso de honestidade que... - Ô Valença, você está aí, meu filho? Olinda presente, na ex-prefeita e no ex-vice, está aí. Então, Maria Fernanda, é motivo de orgulho para Pernambuco, dito pelos prefeitos do Brasil, ter essa mulher. Bem, não é apenas ela, não é apenas ela.

Nós temos aqui presente um outro Pernambuco “porreta”, companheiro, vice-presidente de Crédito do Banco do Brasil, presidente da Previ e presidente do Conselho da Vale do Rio Doce. O companheiro Ricardo Flores é outro pernambucano, extraordinário, que contribui com o desenvolvimento deste país e do estado de Pernambuco.

Bem, nós temos agora o nosso companheiro Fernando Bezerra Coelho, que era somente secretário, e agora vai ser ministro da Integração Nacional, indicado pelo PSB.

Bem, vocês viram que aqui eu entreguei um documento para uma criança. Essa criança é o Daniel, é o Daniel que representa aquela orquestra dos meninos da favela do Coque, que tem... olha que elegância do Daniel! Olhe, eu não vou contar a história do Daniel porque vocês já conhecem, mas o companheiro João José Rocha Targino, que é juiz, é o coordenador-geral do projeto Criança Cidadã e ele, há muito tempo, reivindicava isso. É importante a gente, aqui... Levanta, nossa companheira Alexandra, da Secretaria do Patrimônio da União, que é a companheira que conseguiu legalizar a doação de um prédio da Marinha para que a orquestra possa montar um espaço de ensaiar e de tornar essas crianças muito melhores ainda.

Quero cumprimentar também o companheiro Américo da Cunha Pereira, presidente em exercício da Associação Orquestra Criança Cidadã, que é motivo de Pernambuco e do Brasil.

Quero cumprimentar o companheiro Sérgio Gonzaga, por meio de quem cumprimento todos os familiares de Luiz Gonzaga.

Quero cumprimentar algumas pessoas que já passaram por aqui, nosso querido Daniel; mas quero cumprimentar o Antonio Marinho, aquele moleque atrevido que falou do presidente Lula; o Maciel Melo, um cantor extraordinário; quero cumprimentar o Walter Teles; e quero cumprimentar o João Paraibano pelo show espetacular que deram aqui.

Quero cumprimentar todos os artistas pernambucanos,
Quero cumprimentar o povo de Pernambuco,
Quero cumprimentar a imprensa,

E não vou ler o meu discurso hoje, porque eu quero falar um pouco com vocês.

Primeiro, vocês percebem que eu estou de faixa, eu estou de faixa aqui. Como eu vou entregar a minha faixa de presidente da República no próximo sábado para a companheira Dilma, eu vou aproveitar e dormir com esta daqui, para não esquecer da faixa de Pernambuco.

Segundo, eu vou fazer uma fala bem curta, que eu vou daqui para Fortaleza, e depois eu vou para a Bahia ainda, e eu não quero chorar mais do que já chorei. Você sabe que uma coisa que eu admiro no povo é que o povo chora para fora, o povo cafunga, lacrimeja, e político chora para dentro, fica com vergonha, e fica engolindo lágrimas, quando deveria colocar lágrimas para fora.

Eu confesso a vocês uma coisa: eu sou agradecido a Deus, em primeiro lugar, porque se não fosse o dedo de Deus, não era normal que um retirante de Caetés que fugiu para não morrer de fome se transformasse em presidente da República do Brasil. Isso só pode ter o dedo de Deus, só pode ter o dedo de Deus. Quem não acredita em Deus pode acreditar, que ele existe. Ele existe, e ele toma conta de nós. Ele não ensina o que a gente tem que fazer todo dia porque ele já deu um dom maior para nós, que é a inteligência. Agora, cada um tem responsabilidade pelo que faz, e quem faz paga pelo que fez. Então, eu sou agradecido. Vocês não acham que eu poderia ser pastor depois que eu terminar a minha Presidência? Fazer sermão lá em Garanhuns, ô Ferro.

Bem, a segunda coisa que eu queria dizer para vocês: eu sou agradecido a Deus pelo carinho que vocês tiveram comigo ao longo da minha trajetória política. É importante vocês lembrarem que eu saí de Pernambuco no dia 13 de dezembro de 1952, para ir para São Paulo, e só retornei a Pernambuco em 1979, para conhecer a terra em que eu nasci, que eu pensava que era Garanhuns e já tinha virado Caetés, porque já tinha virado cidade. E fiquei decepcionado porque eu tinha a imagem de um pé de mulungu maior do que esse comício e, quando eu cheguei lá, era um bicho mais fino do que aquele microfone; e porque eu tinha um açude na frente da minha casa, que eu pensei que era um Oceano Atlântico e, quando eu cheguei lá, não passava de uma cacimba.

Pois bem, eu aprendi com vocês, em 1989, quando fui candidato a presidente da República pela primeira vez, que não era possível o Brasil dar certo se ele não tivesse um presidente da República que conhecesse o Brasil na sua totalidade, que conhecesse o Brasil do Rio Grande do Sul, mas conhecesse o Brasil de Pernambuco, o Brasil de Roraima, o Brasil do Amazonas, o Brasil do Amapá, o Brasil do Ceará, o Brasil de Goiás, o Brasil do Mato Grosso, que conhecesse os negros deste país, que conhecesse os índios deste país, que conhecesse os catadores de papéis, as pessoas que moram na rua, que conhecesse as crianças que moram na rua. Era preciso que o presidente tivesse um olhar total do seu país, para conhecer o seu povo e poder governar distribuindo possibilidades para que todos tivessem condições de participar do desenvolvimento deste país.

Foi a partir, companheiro Eduardo Campos, da descoberta das eleições de [19]89, que eu descobri que era falsa a disputa eleitoral, que um presidente da República pegar um avião em São Paulo, descer no aeroporto de Recife, subir em um palanque, voltar para o aeroporto e voltar para São Paulo não lhe permitia conhecer o povo pernambucano. Era preciso que ele conhecesse um pouco mais. Era preciso que ele entrasse em um bar, que abrisse a porta do carro, que abraçasse as pessoas, que beijasse as pessoas, que sentisse o olhar de cada ser humano. Afinal de contas, não há possibilidade de o ser humano interagir se não houver um toque de mão, se não houver um abraço, se não houver um beijo, um carinho, um olhar, olho no olho. Foi a partir daí que eu resolvi fazer as Caravanas da Cidadania. E comecei fazendo a primeira caravana percorrendo o trajeto que a minha mãe percorreu com oito filhos: saindo de Caetés, da bodega do Tozinho - que ainda hoje existe a casinha velha -, saindo até a cidade de Santos, em São Paulo, onde eu cheguei, parando em cada cidade, conversando com as pessoas. Depois eu percorri 91 mil quilômetros de carro, de trem, de ônibus e de barco para conhecer a cara, o jeito, o contar da piada, o contar da graça, o cantar do povo pernambucano, o sofrimento do povo brasileiro, e isso me deu uma dimensão do Brasil que eu queria governar. Eu tentava traduzir isso, Eduardo, dizendo o seguinte: o marido, ele pensa que conhece a casa, mas quando a mulher não está em casa, se ele tivesse que fazer um café, ele não sabe onde está o pó, não sabe onde está o açúcar, não sabe onde está o bule, não sabe onde está o coador. Eu traduzia para que o povo entendesse, com mais facilidade, aquilo que era a arte do que eu queria fazer se ganhasse as eleições para presidir este país.

Finalmente, eu perdi em [19]89, eu perdi em [19]94, eu perdi em [19]98, e eu perdi porque uma parte do povo pobre deste país, que deveria ter votado em mim, não votava. Não votava com razão, não votava com medo, não votava porque ele pensava: “Como é que eu que não sei nada e vou votar em um cara que não sabe nada? Como é que eu vou votar em um cara que só tem o diploma primário, que é um metalúrgico, um sindicalista?”.

Eu lembro uma vez aqui, em Casa Amarela, visitando um barraco, a mulher falou: “Eu não vou votar em você, Lula, porque você vai tomar tudo o que eu tenho”. Eu olhava para o barraquinho dela, e eu falava: Pelo amor de Deus, o que eu vou tomar dessa mulher? Ela não tem nada! Como é que ela tem medo de mim? Eu cheguei em casa, Eduardo, contei para a Marisa, falei: Marisa, eu estou assustado, porque eu fui em um barraco de uma pessoa que não tinha nada, e essa pessoa, que eu queria ajudar, tem medo de mim, tem medo. Ela não confia no que eu falo, e ela tem medo que eu vá tomar as coisas dela. E a Marisa falava: “Lula, não desanima, continua, que um dia você vai convencer”. Isso aconteceu em 2002, aconteceu.

Depois, eu tinha uma outra dúvida. Eu ganhei as eleições. E aí, eu comecei a ficar preocupado. Qual era a preocupação? Será que eu tenho condições de governar este país? Será que eu vou conseguir dar conta do recado? Tinha vezes que eu me deitava, com a Marisa, lá no Palácio da Alvorada, eu falava: Marisa, será que é verdade que a gente está aqui? Nós estamos dormindo neste quarto em que dormiram tantos presidentes, nesta cama, Marisa, será que é verdade? E aí, aconteceu quase uma coisa sagrada para mim: eu descobri que eu tinha que provar a mim mesmo que eu tinha competência, eu tinha que provar a mim mesmo que eu não podia falhar, porque se eu falhasse, não era o Lula que tinha falhado; porque, se eu falhasse sozinho, não tinha importância nenhuma, acabou o Lula, vem outro; é que, se eu falhasse, quem falhava seria a classe trabalhadora, seriam os pobres deste país que iriam provar que não tinham competência para governar. E aí, tomei como decisão não falhar, e trabalhei.

Eu duvido, duvido que tenha um presidente da República deste país que tenha trabalhado o tanto que eu trabalhei, que tenha viajado o tanto que eu viajei, que tenha cumprimentado as pessoas o tanto que eu cumprimentei. E não faço isso à toa, faço isso porque eu quero sentir o pulsar do coração, da alma e da mente de cada mulher e de cada criança neste país. E foi com essa convicção que eu consegui governar no primeiro mandato, depois de tantas coisas ruins que aconteceram, e chegamos ao segundo mandato. Aí, o Brasil começou a melhorar.

Eu quero aproveitar para agradecer a vocês, de coração, a eleição deste companheiro Eduardo Campos e a reeleição dele agora, porque a gente não acha diamante em qualquer lugar, a gente não acha gente boa em qualquer lugar e a gente não acha companheiro em qualquer lugar.

Eu lembro da campanha de [19]89. Só teve um governador do Brasil que começou me apoiando, que era o companheiro dr. Miguel Arraes, aqui em Pernambuco, depois o companheiro Brizola. E quem estava ao lado do Arraes não era um governador, era um menino, o neto; o neto, quem sabe, não o predileto, mas o neto que estava predestinado a substituir o avô.

Eu lembro, Eduardo, de uma viagem que nós fizemos ao Cariri. Eu lembro que no avião, eu e o dr. Arraes, que ninguém também santo, tomando uma dosezinha. Até porque a gente tinha medo de estar em um avião pequenininho: toc, toc, toc, toc. E o Arraes falou para mim: “Ô Lula, ô Lula, se você ganhar as eleições, faça a ferrovia ligando Pernambuco ao Ceará”. Eu falei: Arraes, se eu ganhar, fique tranquilo. Eu não ganhei. Depois eu perdi em [19]94, depois eu perdi em [19]98, e Arraes só pôde ver dois anos do meu primeiro mandato, morreu.

É uma pena que o doutor Arraes não esteja conosco, ele está lá de cima olhando, e ele está vendo o que está acontecendo no estado de Pernambuco, o que está acontecendo no Nordeste. E não é apenas obra do Eduardo ou minha, é quase como se fosse uma benção de Deus.

Nós estamos fazendo algumas obras, Eduardo, algumas obras. A transposição das águas do rio São Francisco, eu fui o único presidente que nunca prometeu fazê-la, todo mundo prometia e eu não prometi. Eu sei que dom Pedro II queria fazer em 1847 ou dom Pedro I, uma coisa assim, não deixaram fazer. Pois bem, em 2012 a nossa companheira Dilma vai inaugurar a transposição das águas do rio São Francisco, que vai ser concluída por um ministro pernambucano, agora, o nosso companheiro Fernando Coelho, que vai concluir, levando água para o Ceará, para Pernambuco, para a Paraíba e para o Rio Grande do Norte, atendendo o maior semiárido habitado do mundo e atendendo a 12 milhões de famílias nordestinas que precisam de água. Água para beber, água para a cabritinha, para o bodinho, para a vaquinha, água para ninguém ficar carregando pote na cabeça, como eu carreguei quando eu tinha sete anos de idade. Somente quem não conhece o que é carregar uma lata d’água, pegar água barrenta no açude, disputando a água com merda de vaca, de cavalo, de cabrito, com caramujo, levando para casa, deixando a água sentar em um pote e tirar com uma latinha, para beber, era contra a transposição do rio São Francisco. Graças a Deus, ela vai sair porque a maioria do povo brasileiro assim desejou. E aqueles que eram contra, que tomam água Perrier gelada, continuem bebendo, que eu não quero tirar, mas me permitam levar um pouquinho de água tratada para o povo pobre deste Nordeste brasileiro.

A gente poderia estar aqui inaugurando a estação de tratamento de Pirapama. Eu lembro, Eduardo – você, acho que não era nem nascido – eu vim aqui em 1979, a convite da Cristina Tavares, a convite do Marcos Freire, a convite até do Jarbas Vasconcelos, em 1979. Eu vim aqui, eu fui a Quipapá, eu fui a Lajedo, eu fui a Garanhuns, eu fui a Caetés, e eu fiquei hospedado aqui no Hotel do Sol, que era da família da Cristina Tavares, e no tempo em que eu estava aí, eu tive um problema, que faltava água em Recife. Agora, precisou esse refugiado de Caetés, que carregou água na cabeça, junto com o governador Eduardo Campos, para fazer Pirapama, para nunca mais faltar água em Recife para as pessoas tomarem banho, beberem e lavarem sua roupa.

Companheiros e companheiras, eu não vou falar da Fiat, porque já é um luxo. Já é um luxo a gente ter aqui, no porto de Suape, uma indústria automobilística. Se prepare, peão, você pode trabalhar lá, se prepare! Se você fizer como o Lula, você não só vai trabalhar, como pode ser presidente! É só se preparar, perseverar e trabalhar, você pode chegar lá.

Veja, então nós temos... Veja que coisa interessante: nós temos aqui em Pernambuco uma refinaria, que eu passei por cima hoje, está uma maravilha aquilo; Armando, está um colosso; Humberto, aquilo tem que sobrevoar de helicóptero, para ver a quantidade de máquinas trabalhando, de gente trabalhando. Nós temos uma Transnordestina gerando, neste momento, 11,3 mil empregos. Nós temos o Canal de São Francisco, que eu fui visitar agora um túnel de 15 quilômetros, que a água vai passar por baixo da terra, para encher todos os açudes do semiárido nordestino. Nós temos a refinaria do Ceará, nós temos a refinaria do Maranhão, nós temos a refinaria do Rio Grande do Norte. Nós temos a BR-101, que está asfaltada, que vocês já viram. Nem a Alemanha, nem a Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, anda em uma estrada tão bem tratada como a nossa BR-101. E nós temos, nós temos o povo Nordestino feliz.

Eu sei que nós não fizemos tudo e eu sei que não é possível fazer tudo em oito anos. Nós não podemos fazer... Aqui nesta terra, Eduardo, você sabe, a elite de Pernambuco, na guerra de Guararapes, na Confederação do Equador, e na independência feita em 1817, a elite não deixava nem índio, nem negro participar. Qual era o medo da elite? “É que se a gente deixa negro e índio participar, eles vão aprender a lutar e depois vão querer lutar contra a gente. Então, vamos deixar de fora”. Nós não precisamos de guerra. Nós apenas precisamos de democracia e liberdade para a gente chegar à Presidência da República, ao governo do estado e mudar a regra desse jogo.

Eu queria terminar dizendo para vocês o seguinte: olhem a cara deste menino. Este menino, este menino, ele mora com o avô e com a avó. Este menino dormia – não sei se já mudou – ele dormia numa cama em que, dentro do quarto, passava um esgoto a céu aberto. Este menino era um menino daqueles que tinham nascido para não dar certo, para morrer antes do tempo. Graças a Deus, apareceu um juiz, apareceram maestros, apareceu gente que resolveu criar uma orquestra, de pessoas que nasceram apenas para tocar pandeiro, pessoas que nasceram para tomar cachaça em um bar e, de repente, percebem que um menino como este pode tocar violino como qualquer violinista alemão, francês, inglês, de qualquer país do mundo. Ele precisava apenas de uma oportunidade, ele precisava apenas de autoestima.

E foi isso que nós conseguimos dar ao povo brasileiro. Nós não conseguimos tudo, mas nós conseguimos gostar de nós, nós conseguimos nos respeitar, nós conseguimos gostar da bandeira do Brasil, a gostar da bandeira de Pernambuco, a gostar da bandeira de Recife. Nós aprendemos a acreditar em nós. E quem acredita em si próprio jamais será derrotado.

Por isso, meus queridos e queridas companheiras, do fundo do meu coração, eu não tenho palavras, não tenho palavras para agradecer o carinho que vocês dedicaram a mim durante todo esse tempo que eu fiz política no estado de Pernambuco.

Quero agradecer a parceria que eu fiz, quero agradecer a parceria que eu fiz com este companheiro aqui. Este companheiro é um mestre, é um menino que ainda terá muito futuro neste país. Eu tenho certeza de que ele será muito mais verdadeiro se ele continuar trabalhando com vocês, como ele trabalhou até agora.

Portanto, Eduardo, eu quero de público, aqui, no meu último ato público em Pernambuco como presidente da República, agradecer a você pela lealdade, pelo companheirismo e pela parceria que nós conseguimos construir.

Quero agradecer... Eu estou vendo ali, eu estou vendo ali, cadê Ariano Suassuna? Ariano? Levante a mão, Ariano Suassuna, um abraço, querido, um grande abraço. É uma pena que as pessoas não tenham enxergado o que você representa para o Brasil, e deixaram você em um palanque à minha direita, quando você deveria estar à minha esquerda, ou aqui do meu lado, porque é isso que você representa para o Brasil.
Obrigado, Daniel, que Deus te abençoe.

Gente, a palavra de ordem é a seguinte: apoiar a companheira Dilma, apoiar o companheiro Eduardo, trabalhar, porque ela vai fazer por vocês mais e vai fazer melhor. Ela será a parceira de Pernambuco, podem ter certeza disso. Ela conhece o Brasil, e eu tenho certeza de que ela, junto com o Eduardo, irá fazer muito mais. E Pernambuco vai crescer, e Pernambuco vai dizer ao mundo inteiro que Pernambuco quer participar definitivamente do desenvolvimento deste país.

Eu, sinceramente, deixo apenas a Presidência, mas não pensem que vocês vão se livrar de mim, porque eu estarei pelas ruas deste país, lutando e trabalhando para que a gente consiga melhorar a vida do povo brasileiro.

Um abraço, gente, e até outro dia, se Deus quiser. Feliz Ano Novo para todo o povo brasileiro e para o povo de Pernambuco.